A revista 100 Anos de Impressão Offset, publicada pela Heidelberg, conta que, após uma falha da impressora, Ira Washington Rubel imprimiu uma folha frente e verso por engano. Assim, a imagem impressa na página errada foi reproduzida na blanqueta do cilindro de impressão, e de lá para o papel. O resultado foi uma transferência de tinta mais uniforme.
Dessa forma, mesmo que acidentalmente, foi inventada a impressão indireta, que passou a ser feita através de um cilindro emborrachado, a blanqueta.
O marco histórico da imprensa brasileira remete à chegada da família real portuguesa ao Brasil. Em 13 de maio de 1808, aproveitando as comemorações de seu aniversário, D. João VI cria aqui a Impressão Régia (atual Imprensa Nacional). As primeiras publicações foram feitas, inicialmente, na Gazeta do Rio de Janeiro. O Diário Oficial viria em 1º de outubro de 1892.
Entre 1808 e 1822, saíram dos prelos da Impressão Régia nada menos que 1.154 impressos, dos quais várias obras científicas e literárias de grande valor. É assim que estão registrados, há quase duas décadas, os fatos da história oficial do Brasil, entre eles a elevação do Brasil à categoria de Reino, a proclamação da Independência, a Lei do Ventre Livre, a abolição da escravatura, a proclamação da República, além dos historicamente mais recentes, como os Atos Institucionais que marcaram o período de regime militar e os que significaram a redemocratização.
Até 1808, nenhum tipo de publicação era impressa no Brasil. Os motivos para tal restrição eram de ordem econômica – evitar a concorrência dos produtos brasileiros com os portugueses; e política – impedir que impressos subversivos circulassem pelo País. Após a independência, em 22 de novembro de 1823, foi promulgada a primeira lei brasileira de imprensa.